10 de abril de 2010

Medo do novo !! Viajando !!!


Recebi um comentário belíssimo a respeito do meu post sobre minha gestação. Obrigada para quem me escreveu esse texto com palavras tão bonitas de forma confortadora.
Como o novo, o desconhecido nos faz ter receio ....
Tenho medo em pensar em ser uma mãe ruim. Tenho receio de não conseguir dar conta do recado ... Tenho medo de tantas coisas que nem conheço !!!
Pensando nisso ... começo a viajar para variar ...
O novo nos causa insegurança.
Até a filosofia explica com o conhecido Mito da caverna de Platão ...
Porque será que tudo que não nos é comum causa esse medo?
Provavelmente isto acontece porque fomos sempre ensinados a procurar por segurança, por situações em que nos sintamos confortáveis e acomodados. Mas a comodidade e o conforto as vezes nos impede de mudar, crescer.
É natural e compreensível que uma situação ainda não experimentada nos mobilize internamente, mas isto não deveria ser necessariamente ruim e sim uma oportunidade de testarmos nossa capacidade.
O curioso é que talvez o medo do desconhecido não seja da natureza do ser humano, é da vivência, meio em que ele vive.
Veja uma criança por exemplo ... crianças não tem medo de conhecer coisas novas, quantas coisas desconhecidas elas descobrem ???



Você já viu uma criança correndo em direção ao mar? Eufórica! Curiosa!



Pode ser que o receio do desconhecido alem de estar ligado ao comodismo, em busca por segurança, esta tambem ligado aos nossos preconceitos, paradigmas e ignorância! Uma criança não tem esses sentimentos formados, por isso talvez, não tenha medo.



Vou postar o Mito da caverna, de Platão .... todo mundo viu no colegial ... mas sempre vale !


"Uma grande caverna no solo, cujo único contato com a parte de fora , com o mundo, é uma estreita fenda que permite a tênue réstia de luz entrar. Dentro estão seres humanos acorrentados, Viviam acorrentados. Todos naquela caverna escura e úmida. A única visão que tinham era a da parede rochosa e suas projeções refletidas pela luz natural que entravam por frestas.

Conheciam todo o mundo a sua volta pelas sombras formadas. Penumbra, umidade, solidão e o frio das correntes nas mãos e nas pernas. O tempo passava vagarosamente e nem a conversa entre eles era comum.

O Iluminado passava o tempo a pensar sobre a vida, o por que de estar naquela situação. Não conhecia nenhuma outra realidade. Desde que se entendia por alguém, aquela era a situação. As poucas vezes que tentava puxar assunto com alguém e questionar algo, era sempre repreendido e reprimido.

Um dia, o Iluminado teve uma idéia e um gesto audacioso. Quebrou as correntes e se pôs a correr caverna afora. De primeira, a luz natural do Sol, forte como ela, o cegou temporariamente. Minutos depois e ainda acostumando a sua pupila dilatada pelos anos de enclausuramento, o Iluminado começou a se deslumbrar com o que entendeu a ser o Mundo Real. As cores, as formas, o ar fresco e o calor emanado do Sol, o maravilharam. Imediatamente, voltou a caverna e tentou despertar os outros acorrentados para o que tinha lá fora.
O Iluminado foi repreendido e acabou sendo assassinado pelos outros acorrentados, que insistiam em não participar do mundo real e viver nas sombras."

Para Platão, grande filósofo este texto é uma metáfora da realidade, ele acredita que é assim que se processa o conhecimento em cada ser humano. Portanto, todos somos prisioneiros dos preconceitos, da falta de opinião, da falta dos sentidos, do medo, da acomodação.
Esta é a grande importância da procura do saber, da procura da verdade, da essência da vida humana. Deixar as "TREVAS" para encontrar a "LUZ". Deixar a "IGNORÃNCIA" para encontrar o "CONHECIMENTO " e atravez dessa procura pela verdade, poderiamos tentar ao menos perder um pouco do medo do novo, do deconhecido ... podiamos tentar sair da nossa caverna !

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